Capítulo 60 – Plano de Ataque
Uma reunião tinha lugar a bordo
de uma nave de batalha de Shevat onde Fei, seus amigos, os Sábios de Shevat e a
Rainha Zephyr tentavam decidir como poderiam enfrentar a arca de Deus, Merkava.
_ ... Então, se destruirmos aquela
coisa Zohar, vai estar tudo acabado, certo? – perguntou Bart, e Citan
confirmou.
_ Sim. A fonte de nossos poderes
ether e a fonte de energia para os geradores que fazem nossos Gears
funcionarem, tudo vem do ‘Modificador Zohar’, o motor que pode controlar
qualquer evento potencial. Se nós o destruirmos, Deus e os anjos – Seraph – ...
Serão todos desativados. E então, também deveremos ser capazes de libertar
Elly, que ficou conectada ao sistema como ‘Miang’. Certo Fei?
_ Isso. É o que a ‘Onda Existência’
me disse.
_ Mas então, há a conseqüência –
Citan ponderou – Isso também deve significar que não seremos mais capazes de
usar nossos Gears ou poderes ether.
_ Aliás, o que são aqueles anjos
– Seraph – afinal de contas? – interrompeu Rico – Aquela aparência esquisita,
como se faltasse alguma coisa... Como se não fossem nem seres vivos nem meras
armas...
_ Zohar sente a consciência
humana e encarna os Seraphs.
_ ‘Consciência humana’? – Billy
perguntou, e Citan continuou a explicar:
_ O próprio Zohar envolve o
princípio da incerteza. A percepção do observador de Zohar determina a entidade
em que ele de fato vai se tornar. Em outras palavras, eu acredito que aqueles
anjos são as encarnações dos espíritos das pessoas... As pessoas que foram
absorvidas por Deus para se tornarem peças dele.
_ Então – perguntou Bart, de
cabeça baixa e braços cruzados – que mérito há pra eles em eliminar toda a
civilização?
_ É alguma espécie de ódio pelos
humanos que sobreviveram? – sugeriu Maria, e Citan meneou a cabeça.
_ Claro que não. As pessoas que
foram criadas e assimiladas como peças para Deus não teriam tais intenções.
Tente lembrar-se do que Elly, quando se tornou Miang, disse.
_ ‘As criações de deus algum dia
serão um empecilho’ – citou Fei – ‘É por isso que devem ser eliminados...’
_ Sim, é por isso que Merkava
está sendo usada para começar a destruição. Mas... Deus não está seguindo o seu
programa de exterminar toda a civilização... Os Seraphs, que são armas de
interface terminal de Deus, estão usando seus corpos compostos de nanomáquinas
para absorver quantidades imensas de pessoas, pouco importando que estejam
vivos ou mortos. Não está discriminando entre as pessoas mutantes e
não-mutantes. Isso é altamente peculiar, o fato de que as pessoas que deveriam
ser destruídas estejam sendo tomadas também... Isso é o oposto absoluto do que
ele deveria estar fazendo.
_ Talvez não haja peças
suficientes – sugeriu Fei, mas Citan novamente menou a cabeça.
_ É improvável. Além daqueles
corpos que eram destinados a ser peças para ele, Deus, que já adquiriu as
habilidades das nanomáquinas e pode usar praticamente qualquer material para
construir seu corpo. É óbvio, ele tem outras intenções em mente.
_ Tais intenções – ele ponderou
de olhos baixos – Krelian chamou Deus ‘a mãe’. Se Deus é a mãe, então tais
motivos estão vindo da Grande Mãe. Impedir o crescimento do filho, envolvê-lo,
trazendo a criança de volta ao útero para se tornar um com ela. Esse é o seu
motivo. Embora tal programa não existisse em sua estrutura de origem. Provavelmente,
lhe foi dada essa vontade incomum por mais alguém. Ou por Elly, que foi
mesclada a Deus, ou...
_ Seja como for – cortou Fei –
não muda o fato de que nós temos que lutar, sejam quais foram as intenções
deles. O problema é como supostamente vamos lidar com a situação. Acha que
podemos fazê-lo em nosso estado atual?
_ Esta nave secreta de batalha,
Excalibur, também tomará parte do confronto final – disse Zephyr –
Adicionalmente, o potencial militar de todas as forças da superfície se reunirá
aqui.
_ Mesmo que possamos reunir uma
força imensa – Bart deu de ombros – ainda temos o problema do armamento
principal da Merkava. Precisamos saber como derrubar aquilo. Enquanto não o
fizermos...
_ O canhão de alcance ultra longo
da Merkava tem a habilidade de vaporizar qualquer substância – concordou Citan
– E além disso, eles têm uma barreira em volta de seu perímetro, o que nulifica
todos os ataques.
_ Nós lutamos contra Merkava
muitas vezes para tentar impedir seus inúmeros massacres – Zephyr comentou – No
entanto, não conseguimos sequer nos aproximar. Assim sendo, tivemos que nos
retirar todas as vezes.
Houve um instante de silêncio, e
Fei bateu na parede atrás de si de frustração.
_ Maldição! Não importa o quanto
queiramos salvar Elly; se não conseguimos penetrar na Merkava, é inútil.
_ A se acrescentar a isso, há o
problema daqueles Seraphs – lembrou
Sigurd – Eles funcionam como as armas de interface terminal para defesa de proximidade.
Posso dizer tranquilamente que seu poder de ataque é equivalente ao da classe
dos Omnigears.
_ Eles têm até a habilidade
regenerativa, devido às nanomáquinas – Bart murmurou, concordando.
_ Não se preocupem com isso.
Todos se voltaram para Taura,
surpresos em ver um sorriso no rosto do velho sábio.
_ Fui capaz de obter alguns dados
de Xenogears... Entendem, Xenogears evoluiu mutagenicamente devido ao seu
contato com Zohar. Usando esses dados, todos os seus novos Gears devem ficar
completos em breve. Adicionalmente, todas as outras armas e blindagens estão
sendo modificados para implementar a ‘Função de Desmonte’.
_ ‘Função de... Desmonte’? –
perguntou Billy.
_ Em contraste aos
nanomontadores, que criam matéria para reparos, os desmontadores têm a
habilidade de desmontar ou destruir matéria. Eles podem até mesmo desativar a
habilidade restauradora das nanomáquinas, desativando seus programas de reparo.
Isso deve ser suficientemente efetivo mesmo contra os Seraphs de Deus.
_ Tudo bem, mesmo que consigamos
lidar com os anjos – Fei perguntou – exatamente como vamos lidar com aquela
Merkava? Não conseguimos chegar perto da coisa...
_ Não existe algo como uma
‘defesa perfeita’ – objetou Citan – Existe um meio. Olhem todos aqui.
Um globo holográfico formou-se em
meio a todos, e eles se aproximaram para examinar o que parecia um gráfico
tridimensional da estrutura triangular que era a torre do canhão principal sobre
a Merkava, enquanto Citan explicava:
“A arma principal da Merkava
requer um intervalo de 1.2 segundos para recarregar devido à sua tremenda saída
de energia. Quanto ao disparo, embora seja apenas seccional, haverá uma porção
da barreira que será aberta. Há um atraso de 1.87 segundos antes que a barreira
se reforme naquela área. Se pudermos usar essa janela de tempo para marcar o
alvo e destruir aquele canhão, será possível nos aproximarmos. Se pudermos
chegar perto o bastante, podemos atravessar com correção
espacial-gravitacional.”
_ Bem, essa é a idéia por alto.
_ Infelizmente, não temos um
canhão de tão longo alcance – lamentou Sigurd – que consiga marcar um alvo num
intervalo de tempo tão breve.
_ Então, o que estão dizendo é
que só precisamos silenciar aquele canhão imbecil, certo?
Todos se voltaram para Bart,
surpresos com seu tom de voz animado. E uma vez que ele tinha exposto sua
idéia, a surpresa foi ainda maior.
_ ... Você quer ir direto pra
cima da Merkava?!
_ Ora vamos, está sendo
descuidado de novo! – bronqueou Billy – Isso é suicídio!
_ Não, escutem – Bart acenou –
Não vamos simplesmente correr pra cima dela. A Yggdrasil IV e essa Excalibur
também estão equipadas com barreiras. É isso o que vamos usar. Embora por pouco
tempo, nós podemos resistir a um impacto direto do canhão principal da Merkava.
Daí, podemos nos aproximar e ficar de olho naquela parte da barreira, pra fazer
ela cair, e então destruímos o canhão.
Silêncio seguiu-se às palavras de
Bart. Um plano ousado e impetuoso, exatamente como algo que deveria vir dele, e
embora fizesse algum sentido, ainda deixava espaço para muitas dúvidas.
_ Quanto tempo nossa barreira vai
durar? – perguntou Fei, e Bart cruzou os braços e baixou a cabeça, parecendo
ponderar.
_ Uns vinte segundos.
_ Só isso? Não faria diferença o
quanto podemos ser rápidos. Nesse limite de tempo, vamos ficar sem uma barreira
antes de conseguirmos entrar em alcance de tiro. E esses números só são válidos
se o gerador estiver a plena carga, certo? Só se pode alcançar essa média se
sacrificarmos toda a saída e propulsão secundários.
_ Eu não tô sugerindo que saiamos
de frente, cuspindo fogo, sabendo que vamos perder – Bart replicou novamente –
Nós vamos por uma tampa física em cima dele, diretamente!!
A dúvida era óbvia nos semblantes
de todos, que até então estavam assistindo à discussão de Fei e Bart como a uma
partida de tênis, e viram o pirata sorrir.
_ Como você disse, a barreira da
Yggdrasil IV ou da Excalibur não podem defender por tempo suficiente contra o
ataque da Merkava. Pelo menos, não com um gerador...
_ Significando que...? – Billy
perguntou, e Bart concluiu o raciocínio.
_ Significando que podemos nos
defender contra a Merkava com o dobro do tempo, quarenta segundos, se
acoplarmos os dois geradores um no outro. Dessa forma, podemos conseguir
alcançar o coração da Merkava.
Mais silêncio. Era curioso como,
de uma idéia totalmente sem sentido, o plano de Bart começava a tomar a forma
de algo prático e funcional. Enquanto as expressões de todos começavam a
aceitar a idéia, Maison perguntou:
_ Então, quanto à propulsão...?
_ Calma, só me escuta. É isso o
que vamos fazer...
Apressadamente colocando dados no
computador holográfico, Bart surgiu com uma mostra tridimensional da nave em
que estavam e do Gear Superdimensional Yggdrasil IV enquanto explicava:
“Primeiro nós transformamos minha
Yggdrasil no modo de ataque pesado, e montamos ele na Excalibur, pra podermos
conectar os geradores. Fazendo isso, podemos reduzir o uso de energia apenas
apoiando ele no casco da nave, e gerando a barreira. Isso vai permitir que a
maior parte da energia seja voltada pra a geração da barreira”
Um segundo holograma mostrou um
cone formado diante da Excalibur e da Yggdrasil, e a explicação continuou:
“Depois, mudamos a barreira
totalmente pra dianteira e focalizamos ela pra um único ponto onde o canhão
principal deles vai fazer seu ataque”
“Agora, quanto ao movimento.
Primeiro que tudo, desenvolvemos uma barreira ativando o gerador da Excalibur à
força máxima. Pra propulsão nessa hora, vamos instalar na Yggdrasil aqueles
foguetes gigantescos que pegamos nas ruínas do Dispersor em Massa.”
A holografia mudou, agora
mostrando o Gear gigante de Bart com um míssil em cada uma das mãos, e a
barreira projetada diante da nave.
“Quando a barreira da Excalibur
expirar, vamos usar o gerador da Yggdrasil IV pra desenvolver uma barreira.
Daí, também desligamos os foguetes sólidos e mudamos a Excalibur pra vôo
convencional”
Mais uma mudança. Desta vez, o
diagrama mostrava a torre de tiro triangular da Merkava, com a Excalibur a
pouca distância e a Yggdrasil IV de pé sobre o canhão.
“Usando esse método, podemos ir
direto pra cara da Merkava. Depois que ela atirar, vai ficar indefesa. Durante
esse tempo, vamos tapar a saída do canhão da Merkava com o aríete frontal da
Excalibur. Até aí, devemos ter 0.67 segundos...”
O último diagrama apareceu,
mostrando uma sutil mudança. Um feixe de energia partia da Excalibur e a
Yggdrasil estava no centro do ponto de impacto.
“Com um tiro dos canhões da
Excalibur, vamos destruir o gerador escravo da Yggdrasil IV e assim
incapacitamos a Merkava de uma vez. E então... nós entramos!”
Desligando o projetor
holográfico, Bart sorriu para todos, obviamente impressionados. O plano era
bom, apesar dos detalhes.
_ ... Basicamente, esse é o
plano. A combinação das barreiras das duas naves... cair matando em cima da
Merkava... O tempo pra o tiro dos canhões da Excalibur... Tudo vai ser crucial.
Basta errar um desses passos e as conseqüências vão ser tremendas. Assim, vai
ser necessário fazer as duas tripulações estarem em sincronia uma com a outra.
Por isso, eu gostaria de colocar o Sig no comando da Excalibur.
_ ... Não tenho reservas quanto a
isso – Sigurd respondeu, acenando com a cabeça solenemente diante do olhar de
Bart, que então se voltou para Zephyr.
_ O que diz, Rainha? Pode nos
emprestar sua nave de batalha?
_ Já que não parece haver outra
alternativa, façamos como diz. Por favor, use-a como achar adequado.
_ Mas não estamos cortando um
pouco rente demais...? – Citan questionou, parecendo preocupado – Quando
calcular o tempo de chegada e o tempo de geração da barreira, vai entender do
que estou falando! Um erro mínimo nos colocará numa situação em que podemos
ficar sem energia para a barreira antes da nossa chegada.
_ E também, estaremos devotando
ambos geradores a manter as barreiras ativas – lembrou Sigurd – Isso não vai
nos deixar sem defesas de perímetro? Não teremos a menor chance se depararmos
com os anjos Seraph no caminho para Merkava.
_ Nós vamos mantê-los afastados –
Fei adiantou-se, acenando com confiança para Bart. O plano era muito arriscado,
mas também brilhante. Bart estava se propondo a ficar diretamente sob o fogo do
canhão da Merkava para levar a invasão a cabo; ele ajudaria como pudesse.
_ Podem contar conosco! Vocês
apenas se concentrem em derrubar aquele canhão principal.
_ Valeu – Bart sorriu – Contamos
com vocês, então.
_ Tudo bem, todo o resto já foi resolvido,
de um jeito ou de outro – Fei dirigiu-se a todos – Esse é o único lugar que
restou. Essa vai realmente ser a ‘batalha final’.
<Fei>
Nós partimos para silenciar a arca de deus,
‘Merkava’, que era a epítome do poder ofensivo e defensivo... e então íamos
irromper para dentro dela...
Nós iniciamos a operação para
destruir ‘Zohar’.
No dia seguinte, de trás de uma cordilheira
próxima, a Excalibur surgiu com o Gear Superdimensional Yggdrasil IV de pé
sobre sua proa, carregando um míssil gigantesco do Dispersor em Massa em cada
uma das mãos, e conforme o plano de Bart, a propulsão em vôo era provida apenas
por eles.
Com a aproximação do objeto
estranho, a torre de tiro da Merkava girou e travou o alvo, enquanto suas
inúmeras células de projeção iluminaram-se antes de enviar um feixe poderoso de
energia que engoliu o alvo com seu poder...
... mas a barreira da Excalibur,
como Bart antecipara, resistiu ao impacto e a força propulsora dos foguetes
continuou a impulsioná-los adiante, cada vez mais próximos do objetivo.
Quase na metade da trajetória, a
Yggdrasil soltou seus foguetes e ativou sua própria barreira, enquanto a
Excalibur mudava para vôo convencional, agora protegida da descarga de energia
pelo poder do Gear gigantesco de Bart.
Seguindo sempre adiante, eles
penetraram no limite da barreira invencível da Merkava ao mesmo tempo em que o
disparo do canhão principal cessou. O aríete de proa da Excalibur destacou-se e
Yggdrasil IV saltou, impulsionado adiante pelos jatos em suas costas, empunhando
o aríete como uma espada longa. E antes que o canhão fosse reativado, suas
células projetoras de energia foram atravessadas pelo golpe da Yggdrasil.
E o novo Andvari de Bart,
pilotando o Gear Superdimensional através da ponte de comando montada em sua
cabeça, moveu o timão externo e destacou-se de seu posto, dando o sinal para
que os canhões principais da Excalibur alvejassem o gerador escravo da
Yggdrasil IV com tal poder que o imenso Gear foi atravessado de um lado a
outro, e foi tal visão que ficou congelada por um momento no olhar de Bart
Fatima antes da explosão.
_ Missão cumprida, Yggdrasil –
ele murmurou, lamentando que não pudesse ser de outro modo – Bom trabalho.
De repente, ouviu o sinal de
alarme a bordo da cabine de comando e viu o motivo. A detonação do canhão
principal da Merkava foi seguida de uma nova explosão, enquanto chamas
alastraram-se por toda a extensão da arca de deus, visíveis do exterior por
cada ponto exposto de sua estrutura. A voz de Fei, ouvida pelos comunicadores
da ponte de comando da Yggdrasil III veio num murmúrio:
_ Não pode ser!
_ Uma explosão secundária...?! –
perguntou Billy, em meio às luzes e sirenes de alerta, e Citan levou a mão à
cabeça.
_ Oh não! Eu deveria ter sabido.
Que erro de cálculo!! A explosão foi grande demais. Ela reagiu com o
condensador principal logo abaixo do canhão principal e induziu uma explosão
secundária... Como pude ser tão estúpido!?
_ Peraí – veio a voz de Bart pelo
comunicador – Tá dizendo que nós exageramos!?
_ Por que não percebi isso
antes?! – Citan meneou a cabeça, desconsolado – Isso significa... que podemos
ter... oh não, Elly...!
_ Ah... Minha nossa... – Fei
murmurou – Elly...!!
Um novo som, profundo e forte, se
fez ouvir por toda a volta, levando todos os tripulantes a olharem em volta,
assustados, e Billy perguntou:
_ O q-quê?! O que foi dessa vez?
_ Ô Citan! – Bart chamou
novamente – O que mais vai acontecer?!
_ Algo está acontecendo no
interior da Merkava – Citan observou pelo monitor – O que poderia ser...?!
Lá embaixo, a estrutura em chamas
da Merkava subitamente rompeu-se de dentro para fora, enquanto o que parecia
uma montanha metálica brotou dos destroços, continuando a desdobrar-se para o
alto e para os lados, assumindo uma forma peculiar, semelhante a antenas, ou
asas. E um projetor de energia de alguma espécie formou-se diante da estrutura,
emitindo uma forte radiação.
E uma onda de energia espalhou-se
por toda a volta num raio amplo, recobrindo o terreno à sua volta
instantaneamente com uma espessa camada de metal opaco, e foi uma reação tão
ampla que foi visível mesmo à altura da órbita de Ignas.
<Fei>
Naquele momento, a terra sacudiu e tremeu. E, do
local onde a Merkava caiu, um objeto gigante apareceu.
Era a forma final de Deus.
A Merkava era meramente seu
veículo.
Deus evoluiu, através do uso
das nanomáquinas de Krelian, em uma arma de escala planetária, e começou a
terraformar.
Estava tentando converter este
planeta inteiro numa arma...
Nos retiramos para a base nas
planícies nevadas para formar uma nova estratégia...
Decidimos voltar para o
interior de Deus. O tempo estava se esgotando para nós.
NÓS
PODEMOS CORRER ATÉ O FIM DO MUNDO.
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