Capítulo 62 – Interlúdio no Farol
Fei e Citan seguiram Emeralda até a entrada do farol
onde, tanto tempo antes, a Gebler viera sob o comando de Stone para tomar posse
da colônia de nanomáquinas que era o corpo da menininha, adormecida no
nanorreator. Enquanto Xenogears, Crescens e Fenrir estavam diante das imensas
portas, Citan explicava:
_ A base deste farol foi
construída a vários milhares de anos atrás. Os habitantes desta ilha
adicionaram a luz para fazer dela um farol. Mas ninguém sabe o que realmente é.
Por meio do agora exposto
elevador central, eles puderam penetrar a estrutura a bordo de seus Gears, e alcançaram
um nível muito mais profundo do que onde antes Citan, Billy e Elly tinham
enfrentado a Gebler, Stone e Id. Mesmo com a iluminação mínima de lâmpadas de
emergência nutrida por antigos reatores, os três podiam divisar o contorno dos
prédios e estruturas de aparência avançada, muito diferente de qualquer coisa
que tivessem visto antes em seu mundo, exceto talvez em Solaris. E Fei murmurou:
_ ... A cidade que vimos das
ruínas de Emeralda... Fizemos um longo caminho a partir de lá...
Amplas avenidas, faixas de
travessia para pedestres, prédios de altura considerável... Tudo sugeria um
grande número de pessoas vivendo ali, muito tempo antes. Citan logo encontrou o
que parecia ser um prédio diferente e, após julgar a estrutura toda segura o
bastante para que entrassem, eles abandonaram os Gears e resolveram investigar
mais de perto. E apesar do desgaste mais do que óbvio proporcionado pelo tempo,
das teias de aranha e camadas espessas de poeira acumulada, era admirável o
quanto o local parecia preservado, tornando simples descobrir o propósito
daquele edifício quando ainda estava em uso:
_ Suportes de iluminação...
Câmeras móveis... Até mesmo uma mesa e cenário de apresentador... É como os
estúdios de transmissão em massa de Solaris, mas muito mais sofisticado e
espaçoso do que eu jamais vi...
_ ‘Transmissão em massa’?
_ Algo como um comunicador
interno, mas voltado para todos os cidadãos – Citan explicou – As pessoas da
época teriam receptores de tele-visão em suas residências, que coletariam as
informações enviadas na forma de ondas eletromagnéticas, e dependendo da
freqüência selecionada, poderiam assistir a entretenimento ou informação
coletiva. Talvez, encontrando alguns registros gravados, possamos saber algo
sobre as pessoas que um dia viveram aqui.
Como esperado, não foi fácil
encontrar equipamento ainda funcional, e apenas ao subir ao andar superior do
estúdio de ‘tele-visão’, Citan percebeu um painel de controle com filmes de
registros ainda operáveis. E o primeiro arquivo que viram exibiu aeronaves
pequenas, com uma legenda onde se lia ‘aviões de caça’.
_ O que é esse filme...?
O quadro seguinte mostrava vários
homens de terno discutindo numa tribuna. E Citan murmurou:
_ Um registro da Cultura Zeboim,
que desapareceu há 4000 anos...
O mesmo quadro, visto num ângulo
diferente, mostrava um dos membros da tribuna de pé e com o braço erguido como
se fazendo um juramento. E à sua esquerda havia uma mulher de cabelos curtos,
rosto sereno e quase inexpressivo, tremendamente familiar.
_ Espere, congele a imagem! Quem
é essa mulher...?
Aproximaram a imagem congelada,
focalizando na mulher misteriosa. A fisionomia indiferente era inconfundível,
pouco importando a falta de cores ou a idade do registro.
_ Miang, como ela se parecia na
Era Zeboim. Mas não há como saber quem era seu corpo hospedeiro. Ela se postou
ao lado do Primeiro Ministro, manipulando o mundo dos bastidores.
Mais arquivos visuais. Esqueletos
metálicos do que no futuro seriam conhecidos como ‘Gears’, parecendo antiquados
até para os padrões da época atual, onde tudo o que se fazia era escavar por
tecnologia do passado.
_ Para ressuscitar Deus?
Tropas em marcha apareceram no
arquivo seguinte, e Citan meneou a cabeça.
_ No início, sim. Mas depois foi
diferente. Muitas pessoas, então, não podiam ter filhos. Eles eram humanos
defeituosos... Então... Ela fez tudo novamente.
E no quadro seguinte, uma câmera
mostrava a visão interna de um dos silos de mísseis do Dispersor em Massa.
_ Pouco antes, quando o homem
estava prestes a ser extinto pela guerra, um novo ser nasceu para portar a
geração seguinte. Lembra-se dos mísseis na instalação de Dispersão em Massa?
Aquilo era a coisa mais importante para o povo Zeboim. Por causa daquilo, nós
agora somos os descendentes das poucas pessoas fortes que sobreviveram.
Uma última imagem mostrava parte
de uma multidão, pessoas de aparência elegante e expressões vazias,
evidenciando um cansaço de espírito que traje algum poderia disfarçar. E algo
dentro da memória celular de Fei se agitou diante das imagens.
_ Uma economia instável... Crime
em ascensão... Decadência urbana... Uma nação de fanáticos procurando por seu
próprio espaço para viver... Acreditando em líderes de seitas religiosas e se
reunindo em torno de governantes totalitaristas. Essas pessoas foram podadas da
geração seguinte graças ao dano genético, e teriam morrido, extintos, se
deixados por conta própria. Então, Elly e eu tomamos as esperanças das pessoas
e criamos Emeralda...
Poucos outros dos prédios naquela
caverna eram acessíveis, ou seguros. Citan analisou as estruturas com Fenrir e
decidiu que a maioria dos prédios não resistiria a uma visita interior.
Crescens, porém, estava voltada para uma direção oposta, descendo a avenida, o
que Fei percebeu depois de algum tempo.
_ Emeralda...? O que foi?
_ Lá... Embaixo.
_ Embaixo...? Você quer dizer,
descendo a rua?
_ Embaixo...
Sem aviso, o Gear de Emeralda
seguiu rua abaixo e ela não pareceu ouvir ou dar qualquer atenção aos chamados
de Fei e Citan, que seguiram imediatamente atrás dela. Mas a menina continuou
adiante, descendo de Crescens para desaparecer numa fenda aberta no asfalto.
_ Emeralda!
_ Um outro nível, abaixo da
cidade – murmurou Citan admirado – Mas a estrutura parece ter ruído com a
passagem dos anos. Fei, não me parece seguro o bastante para os Gears; podemos
acabar lacrando a saída de Emeralda!
_ Então é melhor ir a pé. Doutor,
por favor, fique de guarda aqui! Eu preciso descobrir o que está havendo com
ela.
Preocupado, Fei não esperou por
resposta e desceu de sua cabine, Xenogears sobre o próprio joelho enquanto seu
mestre desapareceu na fenda aberta no calçamento da avenida, e se admirava ao
ver um sistema de trilhos enferrujados mal iluminados por tênues luzes de
emergência que, Citan explicaria mais tarde, faziam parte de um sistema de
transporte subterrâneo do povo Zeboim. Sem espaço suficiente para o trânsito de
veículos e pessoas e buscando aumentar a eficiência da vida urbana, trens
subterrâneos faziam o transporte de milhares de cidadãos todos os dias. O
próprio Fei, de fato, deparou com um dos trens abandonado numa estação pouco
mais adiante. De Emeralda, o único sinal eram as pegadas da menina no piso
poeirento da estação abandonada. Seguindo a trilha, Fei subiu por uma escadaria
que levava até o nível de superfície da cidade.
Emeralda estava sozinha, de pé
num terraço com vista para o que um dia fora uma ampla praça. Entre prédios
altos e largos, um chafariz antigo jazia inerte e seco, e Fei sentiu-se no
limiar de uma grande descoberta. Havia muitas lembranças naquele lugar, algo
que trazia uma infinidade de sensações, felizes e desagradáveis. E ao se
colocar ao lado da menina, ele olhou tão fixamente quanto ela na direção do
chafariz.
_ ... Onde nós estamos...?
Embora o cenário diante de Fei e
Emeralda fosse vazio e desolado, seus ouvidos quase podiam captar o som do
movimento que um dia houvera ali. Seus olhos, agora acostumados à penumbra,
podiam perceber os vultos das pessoas que um dia haviam caminhado naquele
lugar, apressadamente, tentando retornar aos próprios lares ainda a tempo de
desfrutar das celebrações com suas próprias famílias. Embora a vida na caverna
se assemelhasse a uma noite eterna, a praça estava cheia das luzes montadas na
árvore sobre o chafariz, e a atmosfera era festiva, enquanto outro ‘Fei’, mais
velho e vestido num terno, contemplava o cenário ao lado de sua esposa, uma
jovem de cabelos ruivos vestida de branco como uma enfermeira que era Elly e,
ao mesmo tempo, não era ainda.
_ Parabéns, Elly. Outro ano
veio e se foi.
_ Sim. Feliz Ano Novo, Kim! –
e olhou para ele com curiosidade – Eu não sei o que é, mas agora a pouco... Você
parecia uma pessoa mais velha falando.
_ Não, bem – ele respondeu sem
se voltar – Nessa mesma época, no ano passado, eu nunca pensaria que a guerra
duraria tanto tempo.
_ ... Sim. Mas conseguimos
passar por ela sem nos envolvermos.
_ Mas ainda não acabou – Kim
murmurou, olhando para as pessoas lá embaixo – Porque, neste mesmo momento,
pessoas continuam morrendo.
_ ... Vamos parar de falar
nisso – ela sacudiu a cabeça – Não vamos ficar relembrando do ano passado...
Não no início de um ano novo.
_ Sim, bem... Hoje, pelo
menos, eu quero passar um dia sem me preocupar.
Afinal, pensou Kim, as luzes
coloridas da árvore eram belas, e apesar de todo o clima de incerteza por causa
da guerra prolongada, também havia a atmosfera de esperança que sempre
acompanhava a passagem do ano. Talvez tudo se resolvesse no futuro próximo.
Mas suas expectativas foram
frustradas, não muito depois. Elly e ele estavam jantando em seu restaurante
favorito, com uma vista privilegiada da cidade escura. Mas nem o panorama nem a
comida conseguiam a atenção de Kim naquela noite, aborrecido como estava com a
tolice humana, com a guerra e suas consequências. Ele falava sem se conter,
enquanto Elly ficava de cabeça baixa.
_ Estúpidos! Idiotas! Um bando
de tolos!
_ Kim... Está falando alto
demais.
_ Eu não me importo se eles me
ouvirem! Todas as pessoas daqui também são idiotas!
_ Kim!!
_ Pense nisso! Qual o sentido
de lutarem uns com os outros num planeta tão minúsculo quanto este? Lutar por
medo de serem caçados e acuados num canto... Se apressando para lutar como se
houvesse poucos ‘lugares reservados’ no direito à vida...!
Elly não disse coisa alguma ou
ergueu os olhos, mas suas mãos estavam crispadas sobre os joelhos, enquanto Kim
sacudia a cabeça inconformado.
_ Começar uma guerra é
estupidez. Incitar uma também é estúpido. Matar gente como ato de terrorismo,
ou como protesto contra guerras que matam gente, é mais estúpido ainda. São
todos idiotas!
Ela sabia muito bem por que
ele estava daquele jeito. Nunca era fácil quando as pessoas faleciam na
clínica, depois de todo o esforço que faziam para salvá-los, e naquele dia em
particular...
_ ... Kim, eu senti muito por
aquela criança. Mas eu não acho que as pessoas em Ravine destruíram o gerador
com essa intenção. Eles não têm qualquer outro meio de se expressar. O governo
é quem tem a culpa.
_ Isso é motivo suficiente
para aquela criança, ou as outras pessoas que morreram? – ele acenou,
amargurado – Não foi uma operação tão complicada. Foi difícil, mas havia
chances suficientes de sucesso. Teríamos conseguido se tivéssemos equipamento
melhor. Aquela criança teria sido salva, se houvesse eletricidade.
Kim bateu as mãos na mesa,
inconformado. Os maiores e mais dispendiosos recursos eram voltados para o esforço
de guerra, reduzindo drasticamente o que tinham em mãos quando tentavam
consertar os danos causados pelo mesmo esforço. Para um médico dedicado como
ele, aquilo era frustrante ao ponto do desespero, e havia limites para o que
sua gentil esposa podia fazer para chamá-lo à razão.
_ Não é só aquela criança –
ele murmurou de cabeça baixa – Cinco pessoas morreram no meu hospital. A UTI
não funcionava. Estúpidos... Simplesmente idiotas. Os humanos, as criaturas,
existem para viver. Por que querem a extinção? Por que estrangular a si mesmos?
Por um longo momento, Kim
ficou em silêncio, olhando para o próprio prato sem enxergar o jantar.
_ Eu sou... uma tola, também?
_ Hã...?
Elly continuava de olhos
baixos e mãos crispadas sobre os joelhos, e apenas a voz dela, triste, poderia
tê-lo tirado tão depressa da própria contemplação.
_ Fiz um exame no hospital
hoje – ela explicou – Disseram que eu não posso ter filhos por causa do dano
genético hereditário... Não posso criar vida.
Ela ergueu os olhos, e Kim
sentiu o peso da revelação. Bem lá no fundo, ele já suspeitava disso; talvez
fosse por essa razão que ele próprio não quisera fazer o exame físico. Os dois
queriam muito ter filhos. E agora, depois de tudo o que dissera, Elly...
_ Eu sou uma criatura
esperando para ser extinta... Também sou uma tola?
Ele baixou os olhos, sem ter o
que dizer. Dano genético... Havia tanta coisa que o perturbava, tanto desacerto
no mundo...! Não haveria, mesmo, o que ser feito...?
Tarde da noite, Kim
desvencilhou-se gentilmente de Elly e ficou de pé. O silêncio do quarto era
perturbado apenas pelo borbulhar do imenso aquário na parede e pela respiração
tranqüila de Elly, mas a questão continuava na mente dele, impedindo que
dormisse. De forma distraída, Kim caminhou até a ampla janela de seu quarto,
detendo-se ao lado do cavalete de pintura, buscando por uma solução para o
problema.
_ Não adianta... Não vai
funcionar... – sacudiu a cabeça – De algum modo, nós precisamos quebrar o
feitiço, ou os humanos neste planeta vão desaparecer.
_ Não... Eu não me importo com
os humanos... A vida em si será arruinada se não fizermos algo. Uma... forma de
vida pura... Não amaldiçoada...
Elly se remexeu na cama, sem
despertar. E Kim continuou contemplando a janela, as idéias girando soltas por
sua mente enquanto possibilidades se cruzavam.
_ Uma vida pura...
Um lapso de tempo um pouco
maior. Kim e Elly estavam diante de um nanorreator, no laboratório dele. Havia
uma garotinha de cabelos verdes flutuando no interior do cilindro, e Kim
parecia otimista.
_ Esta... Esse é o novo
veículo do espírito que vai quebrar a maldição.
Elly olhou com carinho para a
menina de cabelos verdes flutuando no meio translúcido, e Kim adivinhou o que
se passava em sua mente.
_ Não despertou ainda. A forma
foi criada por nanomáquinas, mas a simulação neural não foi feita pela Torre
Montadora ainda. É fisicamente estável, mas ainda não funciona como uma
criatura viva, por enquanto.
_ Uma colônia de
nanomáquinas...
_ Não importa quantas vezes nós
reescrevamos os códigos hereditários, as impressões imbuídas em nossos corpos
não podem ser detidas – Kim explicou – Foi necessário ir ainda mais adiante.
Tivemos que recriar a nível molecular... Não... Na verdade, nível atômico,
fazendo referência aos padrões estruturais de você e de mim. Esta criança – ele
voltou-se para a menina no reator, com um sorriso de esperança – carrega
consigo os nossos futuros e possibilidades...
Após um instante em silêncio,
Elly aproximou-se um pouco do marido e perguntou, parecendo dividida entre
esperança e medo do fracasso:
_ Será essa criança o anjo que
pode nos dar mais tempo?
Fei sacudiu a cabeça levemente,
despertando das lembranças. Ele e Emeralda estavam ainda diante da praça
abandonada, olhando para o chafariz onde um dia Elly e Kim tinham contemplado a
árvore artificial. E a menina murmurou:
_ ... Eu, lembro... Há muito
tempo... Você... Kim... Morreu... Pouco antes da cidade morrer... Foi porque
soldados da cidade... tentaram me usar...
_ ... Isso mesmo – Fei acenou com
a cabeça – A memória na minha alma... Foi deixada em mim por sua causa.
_ Enquanto eu mantida presa...
Krelian disse que eu... A ‘obra prima’ suprema, que tecnologia deu origem...
“Sim, eu sabia que eu era coisa –
Emeralda olhou para as próprias mãos – Olha, meu corpo... Diferente de Maria,
Margie... e Elly. Imitação de humana... mas diferente. Kim e Elly diziam... Eu
era anjo...”
_ ... Sim – Fei sorriu
calorosamente para ela – Você é a filha que eu, ou Kim, desejava. Kim tem sido
parte de mim, no meu sangue – passando sua memória adiante por gerações – pelos
últimos 4000 anos. Existindo para o dia em que a filha, que Kim nunca foi capaz
de abraçar, nasceria.
E Emeralda sorriu de volta,
voltando-se para Fei e parecendo muito feliz.
_ Fei! Obrigada por ser
substituto para Kim até agora! Mas, está bem... Eu ser forte e fazer Kim e Elly
orgulhosos que eu filha deles!
Fei acenou com a cabeça, sentindo
em algum lugar dentro de si mesmo o orgulho de Kim por ver Emeralda ter se
desenvolvido tão bem. E então, ele percebeu que a menina, mais do que cintilar
de felicidade, estava realmente brilhando.
_ O q, qu...? – Emeralda olhou
para si mesma, para os braços estendidos para frente, também admirada do que
estava acontecendo – Fei... Corpo... tão... q-quente...
Confusa e agora parecendo
assustada, Emeralda correu até ele e o abraçou, pedindo:
_ Fei... Me abraça... Apertado...
Não solta.
O brilho no corpo de Emeralda se
intensificou de tal maneira que Fei não pôde mais olhar para ela, mas manteve o
abraço até perceber que algo estava diferente, e quando a luz cessou, ele pôde
ver o que era.
Diante dele, Emeralda olhava para
si mesma, admirada de sua nova estatura, dos braços mais longos e do corpo
crescido, uma jovem da altura de Fei que aparentava ter, entre dezessete e
vinte anos de idade.
_ Fei... Corpo...
Ela abriu os braços e girou como
uma bailarina, sorridente e maravilhada, sem parecer capaz de encontrar
palavras para o que se dera.
_ ... Eu fiquei adulta...
Adulta... Eu... Eu não fica mais no seu caminho!!
_ Nunca ficou, Emeralda – Fei
sorriu para ela, acenando com a cabeça – Vamos juntos salvar Elly, e então
vamos mostrar a ela como você cresceu.
NA
TRISTEZA DA NOITE